Eu
não sei o que é que o Paulo Cardoso ou a Helena não-sei-das-quantas tinham
previsto este fim-de-semana ao que o signo leão diz respeito, mas se almejaram estar muito
próximo da realidade, todas as cartas que indiquem dualidade estarão no
caminho certo.
Na corrida de fim-de-semana, aconteceu-me mais um
momento de contra senso.
Corria eu, ao som da bela música, pelo meu percurso
habitué, mais ou menos a meio, mais precisamente nos meus 12:03 minutos, avistei um RATO. Sim um rato. Só não gritei de pânico mais alto que a sirene dos
bombeiros, porque já tinha os pulmões a entupirem-me o esófago. Só não tive um ataque cardíaco porque já tinha o coração em velocidade cruzeiro. Só não caí para o lado, porque estava balançada pela corrida. Cheguei a
pensar (lá no fundo era mesmo o que desejava), que se tratava apenas e só de um
delírio provocado pela falta de oxigénio no cérebro. Quando me apercebi que se
tratava de um ser que me enoja, que me repudia, que me causa agonia, só desejei
atingir a velocidade 0 km/h em apenas alguns nano-segundos e conseguir assim virar a direcção e fugir dali para fora. Do meu parque. Da minha patolândia. Eu até poderia admitir que eles existem por ali, mas uma coisa é ter consciência que existam outra é vê-los. As minhas
pernas, o meu balanço e a minha falta de coordenação motora prolongaram a paragem
por alguns segundos e só consegui realmente parar a escassos centímetros da trajectória que aquele
ser acabara de fazer. Pareceu-me uma eternidade, tanto que até pude aperceber
que o raio bicho estava ferido numa das patas traseiras.
Incrivelmente, no meio do medo e do pânico do nojo e do histerismo cheguei a ter dó do bichinho. Sim, pena de um rato.
Esta sensação de dualidade, de sentir algo que não me é normal, vêm de onde? Será que cai e fracturei o coração e agora tenho um corazón partido!
0 queijinhos:
Enviar um comentário