22:16 A papaqueijo 0 Comments


Eu não sei o que é que o Paulo Cardoso ou a Helena não-sei-das-quantas tinham previsto este fim-de-semana ao que o signo leão diz respeito, mas se almejaram estar muito próximo da realidade, todas as cartas que indiquem dualidade estarão no caminho certo.

Na corrida de fim-de-semana, aconteceu-me mais um momento de contra senso. 

Corria eu, ao som da bela música, pelo meu percurso habitué, mais ou menos a meio, mais precisamente nos meus 12:03 minutos, avistei um RATO. Sim um rato. Só não gritei de pânico mais alto que a sirene dos bombeiros, porque já tinha os pulmões a entupirem-me o esófago. Só não tive um ataque cardíaco  porque já tinha o coração em velocidade cruzeiro. Só não caí para o lado, porque estava balançada pela corrida. Cheguei a pensar (lá no fundo era mesmo o que desejava), que se tratava apenas e só de um delírio provocado pela falta de oxigénio no cérebro. Quando me apercebi que se tratava de um ser que me enoja, que me repudia, que me causa agonia, só desejei atingir a velocidade 0 km/h em apenas alguns nano-segundos e conseguir assim virar a direcção e fugir dali para fora. Do meu parque. Da minha patolândia. Eu até poderia admitir que eles existem por ali, mas uma coisa é ter consciência que existam outra é vê-los. As minhas pernas, o meu balanço e a minha falta de coordenação motora prolongaram a paragem por alguns segundos e só consegui realmente parar a escassos centímetros da trajectória que aquele ser acabara de fazer. Pareceu-me uma eternidade, tanto que até pude aperceber que o raio bicho estava ferido numa das patas traseiras.

Incrivelmente, no meio do medo e do pânico  do nojo e do histerismo  cheguei a ter dó do bichinho. Sim, pena de um rato.

Esta sensação de dualidade, de sentir algo que não me é normal, vêm de onde? Será que cai e fracturei o coração e agora tenho um corazón partido!


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