O [meu] dia dos namorados!
Ele liga-me ao meio da tarde e diz-me que hoje o meu carro vai ficar no trabalho, porque ele vem-me buscar. Não estivesse eu atarantada e cheia de frio e motivos para sonhar não me faltariam. As 19h00 como regram os britânicos, lá estava ele, à porta, qual cavalheiro qual quê. Recebi-o como se uma adolescente apaixonada fosse e ele diz-me:
- Vamos ali a Carregosa comprar um carro!
Ora se não estivéssemos a construir uma casa, a ideia do carro até me poderia parecer interessante, mas de certo bateria no, ali a Carregosa!
Vamos lá ver, hoje estamos os dois melosos (talvez não, mas lá que temos razões, isso temos) porque aí e tal é o NOSSO dia e blá blá blá.
Ele vem-me buscar ao escritório, excelente.
Ele vai levar-me para um restaurante junto a praia, às luzes de vela? NÃO!
Ele vai levar-me a jantar num sítio chique, depois leva-me ao cinema? NÃO!
Ele reservou uma noite num hotel XPTO? NÃO!
- Vamos ali a Carregosa, adjudicar a arte de caixilharia, vai custar tanto como um bom BMW!
E pronto, é isto, anos a fio a partilhar o meu mundo, a minha vida e o meu amor, com um poço de romantismo.
Dado isto, só me resta dar-lhe com um par de patins! Vistas bem as coisas, ele levou hoje com uns e até gostou! Ok, ok, não foram bem patins, mas servem para deslizar, foram uns skis e foi vê-lo delirar.
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