Há dúvidas que me assistem, sim.
E a dúvida de quem irá pagar a divida da Madeira é uma delas.
Que a dita cuja [a dívida] já é maior que o buraco do ozono, disso ninguém dúvida. Que parece que o Sôr Jardim acha que é bonito brincar ao Carnaval em pleno mês de Setembro, também já não deixa ninguém céptico. Que o governo "central" [ou o governo da mouraria] deixou que o Madeira se tornasse na verdadeira republica das bananas já todos consideram ponto assente. Até aqui tudo bem, porque e como diz o meu pai, "o pais é deles, por isso, eles que se amanhem".
Mas aqui entre nós, quer-me parecer que não tarda nada, a troika e a sô dona Merkl nos vão fazer dançar um bailinho da madeira e isso sim, vai ser um mimo. Eu se fosse a eles, não pensava duas vezes.
Desconfio, [não tenho a certeza] nem sequer ouvi ainda falar, mas tenho para mim, que vai ser preciso deixar o restinho que sobra do meu subsidio de natal, ou ainda mais do meu petit salário, para aqueles ilhéus comprarem as canas, prepararem os foguetes e arrasarem naqueles míseros 740 km2, ao sabor da poncha, na próxima passagem de ano.
Ah, mas oh meus amigos, se isso acontecer, juro-vos que me mudo para o mundo do ebay e avanço com o leilão daquele bananal plantado no meio do Atlântico.
Bolas, porque tenho de ser sempre eu a pagar pelos buracos dos outros?
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