Ainda dizem que as mulheres fazem tudo por compras
Este fim-de-semana precisei mesmo muito de pisar um centro comercial. É horrível dizê-lo, mas é verdade, precisei mesmo e não foi para comprar presentes de natal, porque esses, finalmente já estão todos debaixo do pinheiro à muito.
A verdade é que pior que entrar em centro comercial em época festiva, só consigo imaginar os pais natal pendurados nas varandas das cidades deste país.
Mas como compras são uma necessidade de primeira, não pude evitar. Claro, que nesta missão ranhosa e dolorosa, não poderia estar sozinha, então decidi arrastar o maior da minha aldeia comigo. No final da epopeia fiquei com a sensação que foi pior a emenda que o soneto. Ainda estávamos à 10 minutos no parque de estacionamentos, no limiar de ficar orados de tantas voltas à procura de um mísero lugar para estacionar o carro, por um espaço temporal muito curto e, eu já estava arrependida de o ter empurrado para aquela missão árdua.
Foi então que decidi que não iria pagar nem mais um euro de combustível para encontrar uma área inferior a 3 metros quadrados para estacionar a viatura. Obriguei o maior da minha aldeia sob pena de lhe atazanar o resto da noite, por não ter conseguido comprar o que desejava, a estacionar num espaço bem maior que 3 metros quadrados… o lugar reservado para grávidas.
Sim, estacionamos lá, qual é o problema? Eu só queria mesmo ir comprar aquelas botas. Já sabia a cor o tamanho e como ficavam nos pés, não ia olhar para a etiqueta porque já tinha decido compra-las e, tinha de as compras no sábado, com maior da minha aldeia ou sem ele, a decisão já estava tomada.
E à aquela hora as grávidas, deveriam era estar em casa sogaditas a comer maças e a massajar as barrigonas. Eu precisava tanto de ir lá dentro, era como um desejo de grávida. E também não imaginei nenhum segurança a obrigar-me a provar que estava grávida, caso aparecesse. E como às grávidas com menos de três meses não têm barrigas e não é por isso que deixam de ser grávidas e terem direito portanto aqueles lugares, eu decidi arriscar. Estacionamos e sem vergonha sai do carro com um sorriso daqueles, enormes. Olhei para a fila de carros que continuavam às voltas desesperados por um lugar e sorri, soltei uma gargalhada surda e corri ate a loja, onde me tinha apaixonado pelas minhas botas. Depois de ostentar orgulhosa as minhas botas deparei-me com uma fila para pagamento quase do mesmo tamanho que a fila que encontramos no parque de estacionamento. Lá se iam os dez minutos de estacionamento ilegal. Na verdade continuei sem vergonha, afinal de contas, tinha as minhas botas.
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