Jantares de gajas boas

14:19 A papaqueijo 0 Comments

Dizem que quando estamos juntas, esquecemos o que nos envolve, pelo menos quando o assunto não é a própria da envolvente.

Dizem também que quando estamos juntas, por vezes, perdemos a noção do correcto e incorrecto.

Dizem ainda que, quando estamos juntas, fazemos verdadeiros escândalos.

Eu nego, pelo menos nunca dei por nada (não sei, se o facto de estar incluída no lote, poderá contribuir para tornar a minha opinião como isenta).

A verdade, verdadinha, é que ao contrário do que é habitue, tudo culpa da mau-feitio, que prometeu jantar de aniversário, depois não o fez, depois dá boas-novas assim de repente e sem tempo para preparar o festão como deve ser e também pelo excesso de trabalho e aulas e falta de tempo de todas nós, este jantar (que como e óbvio correu muito bem), não foi assim, pró bem planeado. Não é uma crítica, longe disso, demonstra também que como já bem sabíamos, para nós, basta estarmos juntas que tudo funciona, com ou sem restaurante marcado, num igual ou completamente desconhecido local, o corte-e-costura, a actualização de notícias/novidades fresquinhas e boas, as criticas e os desabafos, não precisam de hora e local especial. Apenas só de nós.

Sem nada em mente, apenas com a exigência de ser na baixa, segundo a própria da mau-feito, para uma suposta "despedida". Assim foi, apesar de já passarem e muito das 22h, lá fomos nós para praça dos leões. Missão encontrar um restaurante. Fome mais que muita, vontade de fazer xixi, ui ui, nem se fala.

Foi então e para não perder o controlo, decidimos entrar no primeiro, primeiríssimo mesmo que nos aparecesse à frente. E assim o fizemos. Deixei a exagerada com os senhores do restaurante a preparar a logística para as últimas 4 pessoas da noite, enquanto corri até a casinha mais próxima.

Já estava a minha amiga sentada, a dar as coordenadas as duas restantes, quando dei pela falta das chaves do carro, sem cerimónias, sai a correr do restaurante, na incessante procura das mesmas, fui encontra-las na ignição do carro (portanto, fui muito amiguinha de qualquer ladrão de carros).

Voltei, sentei-me e, apercebi-me que estava num restaurante muito alternativo, poderia até ser interessante, mas era demasiado alternativo, pelo que não me agradou nada, li a lista e foi então como a gota-de-água, para a tomar a decisão que já tinha em mente. SAIR RÁPIDO DALI. Antes que nos tranformassemos em coisas estranhas.

Facílimo, levantei-me e fui embora. Não gostei e pronto. É claro que pareceu pouco diplomático e até falta de educação. Posso concordar. Mas a noite era nossa, não iria fazer esse tremendo sacrifício. Correr qui ça riscos.

É claro, que fiz a exagerada passar certamente das maiores vergonhas de sempre, mas e então? Não tencionávamos voltar lá e não. Cheguei cá fora e senti muito alívio. Depois foi optar por um já repetido, é verdade, mas pelo menos do nosso agrado.

O jantar propriamente dito, deve ter corrido muito muito bem, porque até o senhor que nos serviu, decidiu oferecer-nos (com especial atenção a ETC) uma caneca de sangria. Há lá coisa fantástica!

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