Então é assim...
O maior da minha aldeia ontem fez anos. Ele diz que não gosta e eu até posso entender, pois que no dia tudo é bonito ah e tal é só festa, amigos, coisas boas, presentes e tudo e tudo tudo. É verdade, mas o pior vem de seguida, que é: "Então quantos anos fazes?". É horrível ter de dizer um número tão grande, pior ainda, quando não se sente, que esse número faz parte de nós. Antes chamávamos de senhores e senhoras às pessoas com idades assim, mas agora não suportamos ser assim tratados, pois sentimos que somos jovens.
É difícil bem sei, mas a verdade é que chegamos à meio de uma noite de copos e já começamos a bocejar, já não aguentamos até ao amanhecer, já começamos a sentir frio e dores nas articulações se ficamos mais de duas horas numa noite de inverno à conversa com os amigos à porta de um bar. Já sentimos dores no estômago se fizermos misturas, já precisamos à meio da noite de nos encostar para descansar um pouco, o fumo dos cigarros fazem-nos imensa confusão.
A tudo isto chama-se envelhecer. Se gosto? Não. Se tenho alternativa? Não.
Mas se o fizer até ao lado, sei também que serás o meu George Clooney.
Por isso, vamos más é para a ramboia até não podermos mais, porque a idade somos nós que a fazemos (é o que dizem). E juntos temos apenas os anos suficientes para termos todo o tempo do mundo.
Bora fazer a mala comigo?
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