O assunto do momento

13:08 A papaqueijo 0 Comments


Não sou insensível às mortes do Meco, mas não as vou comentar, porque não sei os seus fundamentos, porque não se ouviu todas as partes, porque eu não estive lá, porque não me cabe a mim. Isto até pode fazer de mim uma pessoa diferente das restantes 10 milhões que habitam este país à beira-mar plantado, que parecem viver das especulações daquele fatídico 15 de Dezembro, mas caramba, que me importa a mim perder o meu tempo, gastar a minha massa cinzenta a pensar em quão ridículo é praxar até à morte, quando o principal problema neste momento não são as mortes (que lamento), mas as eminentes mortes que temos em mãos, e essas sim, merecem o nosso tempo, os nossos pensamentos. Falo da falta de recursos em pagar propinas, falo da cada vez menor capacidade de sustentar estudantes num mundo tão caro e insustentável meio universitário. Não sou contra as praxes e cada vez menos, sou a favor delas. Acho que têm o seu tempo. Eu já fui praxada, já praxei e agora são-me indiferentes. Ou então, dou por mim a pensar, em quão ridículas são. Mas contudo, porque preocupar-nos com a severidade que elas se estão a tornar (se é que não foram sempre), porque discutir o quão ridículas são (e sempre foram, para isso basta pensar que quem manda nas praxes é sempre o aluno mais burro da faculdade), porque fazer a assembleia perder tempo e recursos, a discutir as praxes, se caminhamos a passos largos para universidades sem alunos. Não me digam que esperam que os nossos governantes surjam com leis que limitam praxes, para faculdades sem caloiros?

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