Compatibilidade ou separados a nascença!
Eu adoro dormir. Esta minha paixão pelo sono é demasiado equivalente à que nutro por queijo, mas como chamar a este blog, o mundo do sono, dar-lhe-ia um ar de aborrecido (mais do que provavelmente, já o seja, optei na altura, por algo mais calórico e nutritivo, um mundo de água-na-boca). Mas voltando ao sono, tenho por hábito (ou mania) dizer que até prova em contrário eu tenho sempre sono. É um facto. Mesmo quando acordo (ou principalmente quando acordo), tenho a sensação de que necessito de mais 8 horas de sono. Estou em constante estado de latência. Sei que existe muita gente com o mesmo problema, não sou por isso caso único. E um desses casos, curiosamente tão "grave" quanto o meu, é o do meu mais-que-tudo. O maior-da-minha-aldeia. Quanto mais dorme, mais quer dormir. Ao longo do dia, tem picos de lucidez profunda, em que está mais acordado que dia de sol em pleno equador, no entanto, as restantes horas, são passadas a dormir em pé.
Pode parecer que nascemos um para o outro, que nutrimos de uma compatibilidade sem igual, que o mundo é bem mais fácil, porque ambos adoramos ficar a ronronar todas as manhãs, porque há algo supremo que nos puxa para a cama, como a gravidade para o centro da terra. No entanto, está nossa histocompatibilidade tem um reverso da medalha, tem uma falta de senso de responsabilidade. E hoje foi mais um desses fatídicos exemplos. Tínhamos de estar no aeroporto às 12:45. Pusemos 3 despertadores a tocar, acordamos em todos os casos, mas a preguiça e a falta de vontade de acordar para o mundo, fez com que o tempo de preparação das coisas para a viagem, ficasse quase comprometida, e tivesse que ser feita a correr. Em verdadeiro estilo de maratona. Correu tudo bem, claro que sim, afinal de contas, quer ele quer eu, temos largas décadas de experiência a combater o atrasado por motivos de sono, por adormecer, por compartilhar o máximo de tempo, possível e impossível com as nossas camas. O problema, se é que o é, é que juntos, largar a cama é ainda mais difícil, largar-nos, é custoso. Mas enfim, são das coisas que teremos de apreender ou conviver.
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